A tradição do teatro e do teatro de revista
nesta casa já tem muitos bons anos...
Vê nas galerias os registos fotográficos das Revistas que passaram pelos "Combas"
Aguenta-te à bronca - 2013 e 2014 - Encenação de Paulo Vasco
É tudo a malhar - 2012 - Encenação de Paulo Vasco
Pobretes mas alegretes - 2011 - Encenação de Paulo Vasco
Olhó que chove - 2010 - Encenação de Paulo Vasco
O Estad(i)o a que isto chegou - 2009 - Encenação de Flávio Gil
Yié, yié, yié, nos combatentes é que é! - 2008 - Encenação de Flávio Gil
Todos contentes nos combatentes - 2007 - Encenação de Flávio Gil
O teatro de revista surgiu em Paris, França, em finais do século XVIII, quando apareceu, inserido no vaudeville, um género de espetáculo chamado "revue de fin d'année" (revista de fim de ano). O objetivo deste tipo de espetáculo era recordar e criticar os acontecimentos mais marcantes do ano que findava através de sketches onde havia canto, dança e declamação. Este tipo de teatro surgiu para fazer frente ao monopólio do teatro estatal francês.
Com o passar do tempo, essa revista do ano começou a adquirir tons mais humorísticos, fazendo do espetáculo uma comédia com recurso frequente a piadas brejeiras. O alvo das piadas era a burguesia e a sociedade capitalista. Tornou-se muito popular nos bairros operários e no Teatro de Bouffes Parisiens e cativava artistas como Charles Baudelaire, Van Gogh e Toulouse Lautrec.
O teatro de revista chegou a Portugal em meados do século XIX, estimando-se que a primeira "revista" tenha sido estreada em 1850, em Lisboa. Este género de teatro acabou por se tornar num dos mais populares do país durante mais de cem anos. O humor misturado com a música, a cor e a fantasia cativaram o público português. A atriz Ivone Silva, falecida em 1987, foi uma das grandes artistas do género.
O teatro de revista em Portugal criou duas figuras obrigatórias, o compadre e a comadre. Enquanto ela tinha de ser elegante e bonita, ele devia ser cómico e popular.
No século XX, o Parque Mayer, em Lisboa, tornou-se na sede do teatro de revista, mesmo durante os tempos da ditadura em que havia censura.
Por lá, nomeadamente nos teatros ABC, Maria Vitória e Variedades, passaram peças como Às de Espadas (1926), Sempre em Pé (1938), Alto Lá Com o Charuto! (1945), O Melhor do Mundo (1948), E Viva o Velho! (1965), Ena, Já Fala (1969), Uma no Cravo, Outra na Ditadura (1974) e Direita, Volver! (1978).
Para além de Portugal e França, o teatro de revista também se tornou muito popular, ainda no século XIX, na Itália, na Alemanha e no Brasil.
As suas origens mais remotas podem ser encontradas em espetáculos satíricos da Grécia Antiga. Contudo, no século XV, a Igreja Católica impôs novas regras e os espetáculos mais populares perderam o seu espaço. Os espetáculos burlescos apenas apareciam no Carnaval e nas festas rurais e pastoris. Já nesta época, este tipo de espetáculos servia para pôr em causa, através do humor, as classes dominantes.
Fonte: Infopedia